Um grupo de 97 trabalhadores foi resgatado em condições análogas à escravidão em uma empresa de beneficiamento de alho em Rio Paranaíba. Entre as vítimas estavam seis adolescentes, sendo uma delas grávida.
A ação foi realizada pelo Ministério Público do Trabalho de Minas Gerais (MPT-MG) no dia 30 de agosto durante a operação “Resgate III”, que retirou 532 pessoas de condições análogas à escravidão em 15 estados do Brasil. Conforme o MPT-MG, o resgate em Rio Paranaíba foi o que teve maior número de trabalhadores em um único local.
No ambiente de trabalho não havia banheiros suficientes, área para aquecimento da alimentação e cadeiras para os empregados se sentarem. Os trabalhadores não tinham carteira de trabalho assinada nem receberam Equipamentos de Proteção Individual (EPIs).
Para regularizar a situação dos trabalhadores, os contratantes pagaram R$ 391.876,58, sendo R$ 315.176,58 em verbas trabalhistas e R$ 76.700,00 de indenização por danos morais individuais causado à cada pessoa submetida à situação de trabalho análogo à escravidão.
Além disso, os trabalhadores também receberam passagens para o retorno às suas cidades de origem. Segundo o MPT-MG, os trabalhadores eram cidades mineiras e vários estados, sendo a maior parte do Maranhão.
Fonte: Ministério Público do Trabalho