Trabalhadores foram resgatados em condições análogas à de trabalho escravo em duas carvoarias em Ibiá, no Alto Paranaíba. Segundo o Ministério do Trabalho e Emprego, a operação ocorreu entre 11 e 18 de novembro, resgatou 13 pessoas e foi divulgada nesta segunda-feira (25).
Os auditores-fiscais constataram que, em uma das carvoarias, os trabalhadores dormiam em um barracão de lona e madeira coberto com telha de amianto, sem infraestrutura, higiene e privacidade.
Na outra, os empregados tomavam banho de água fria há 15 dias devido a problemas nas instalações elétricas. As pessoas resgatadas relataram ainda que um dos empregadores vendia produtos aos empregados e anotava em uma caderneta. Os valores seriam descontados dos salários posteriormente.
Segundo a secretaria, dos 13 trabalhadores, um tinha carteira de trabalho assinada, e eles não recebiam equipamentos de proteção individual para realizar as atividades.
Foi constatado ainda que, nas frentes de trabalho, não havia acesso a instalações sanitárias e e para as necessidades fisiológicas eram usadas as áreas de mata próximas. Também não tinha água potável e local adequado para as refeições.
Resgate
O grupo teve os contratos de trabalho rescindidos, recebeu atendimento de assistência social e foi encaminhado de volta às cidades de origem.
Os trabalhadores receberam todas as verbas rescisórias, que somam aproximadamente R$ 70 mil e tiveram as guias de seguro-desemprego especial para resgatado emitidas.
O trabalho foi conduzido pela auditoria-fiscal do Trabalho da Secretaria Especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia com apoio da Polícia Militar (PM) e da Polícia Rodoviária Federal (PRF).
Fonte: G1