A Operação Droga de Elite, desencadeada pela Polícia Civil entre o segundo semestre de 2018 e início de 2019, teve destaque na região devido ao envolvimento de suspeitos de camadas sociais mais elevadas, e por focar em entorpecentes de alto valor comercial, como LSD, ecstasy, haxixe (resina da maconha), Skank (variedade superpotente da maconha) bem como drogas apreendidas com menos frequência, como o DMT (ayahuasca) e cogumelos alucinógenos (psilocibina).
A reportagem teve acesso à sentença de 224 laudas, assinada pelo Juiz de Direito MM. Dr. Denes Marcos Vieira, datada de 18 de março de 2020, que traz a condenação de 16 réus, dentre os 20 denunciados pelo Ministério Público. Desses, seis poderão recorrer da sentença em liberdade; os outros dez permanecerão presos, pois o Poder Judiciário entendeu estarem mantidos os requisitos de suas prisões preventivas.
Dentre os condenados, estão um indivíduo autuado em flagrante quando recebia uma encomenda de Skank nos Correios de Carmo do Paranaíba, advinda do Acre; um indivíduo que mantinha um laboratório de produção de haxixe em um apartamento no centro de Carmo do Paranaíba; um universitário preso em flagrante em Patos de Minas com grande variedade de drogas naturais e sintéticas; uma dupla autuada em flagrante em Patos de Minas quando preparava um lote de haxixe para ser encaminhado à cidade de João Pinheiro, e um jovem que cultivava maconha e produzia haxixe em uma fazenda em Lagoa Formosa, e que também distribuía drogas utilizando-se dos Correios.
Nas condenações, além do tráfico de drogas em si, ficaram configurados para alguns réus a associação para o tráfico, e aumentos de pena devido à abrangência interestadual e à corrupção de menores, chegando a penas máximas superiores a 11 anos de reclusão.
Redação: Clube Notícias