Polícia Militar de Lagoa Formosa recupera gado furtado e desmantela parte de quadrilha

A Polícia Militar de Lagoa Formosa, através de denúncia, chegou até indivíduos suspeitos de estarem cometendo furtos de gado no município e região. O fato ocorreu neste sábado (16/11),quando por volta das 10h00 da manhã, os militares receberam um chamado que partiu de um fazendeiro na região de Cabeceira da Abelha, relatando que havia deparado com um animal que seria de sua propriedade, dentro de uma fazenda que fica às margens de uma estrada vicinal na localidade.

De acordo com o boletim de ocorrência, os policiais foram até o local e depararam na porteira da fazenda com algumas pessoas que haviam sido vítimas recentemente de furtos de animais, na região de cabeceira da abelha. No momento também se encontrava no lugar, o dono da fazenda, o senhor Alair Teles, 48 anos, que relatou que no dia 13 de novembro, acabou adquirindo 4 animais bovinos de Lindolfo do Reis Magalhães, 43 anos, e que havia pagado R$6.800,00 pelos animais, mas chegou a notar algum tempo depois, que um dos bezerros, havia sido furtado do pai dele (Alair), um senhor de 73 anos.

Alair contou também que Lindolfo tinha negociado os animais com ele a mando de um indivíduo de nome Francisco Cassiano “Chiquinho”. Ele contou aos militares que “Chiquinho” teria alugado uma fazenda na região de Aragão e que constantemente leva animais para o local e por “amizade” com Lindolfo pede que o homem comercialize os bovinos para ele. O fazendeiro também contou que comprou as quatro “cabeças” de gado, e quem teria levado os animais até a propriedade seria um homem que faz fretes para eles. Alair relatou também que a poucos dias atrás já havia adquirido outras 3 bezerras de “Chiquinho” pelo valor de R$3.600,00 valor pago para Lindolfo, que intermediou a negociação.

Com o apoio de militares de Patos de Minas, Francisco Cassiano “Chiquinho” foi localizado em uma pousada na Rua Alagoas. Em conversa com o suspeito ele confessou que vendeu os animais para Alair, mas quem fez a negociação foi Lindolfo. Francisco ainda disse ter praticado 5 furtos de bovinos na região de abelha, mas não soube explicar os lacais exatos. O autor falou que um homem de nome Salvador Basílio de Brito, 39 anos, estaria lhe auxiliando na prática dos furtos, utilizando uma caminhonete Silverado, cor escura, placas de Patos de Minas para cometerem os crimes.

“Chiquinho” contou também que o fazendeiro Lindolfo, que possui propriedade na região de Aragão, sabia que os animais que ele estava comercializando eram produtos de furtos. Ele alegou que do valor arrecadado com a venda dos bovinos para Alair, a quantia de R$1.500,00 ficou para ele e R$1.600,00 para Salvador, mas a maior parte foi repassada mesmo para Lindolfo, que era o responsável por comercializar os bovinos com os compradores. Após ouvir Francisco, os policiais foram até a fazenda de Lindolfo dos Reis Magalhães.

Em conversa com o acusado, o homem contou que não sabia que os animais que ele estava vendendo a pedido de “Chiquinho” eram furtados, mas contou que por várias vezes Francisco e Salvador chegaram por volta das 02h00 da madrugada transportando gado em uma caminhonete. Inclusive ele foi questionado pelos militares se ele não estranhava esse transporte de animais de madrugada pelos autores, Lindolfo se limitou a dizer que achava estranho, e que já havia chamado atenção deles. Ele contou também que aluga parte de uma fazenda para “Chiquinho” e que o aluguel foi de 3 meses, sendo que o acordo verbal termina no próximo dia 20 de janeiro de 2020.

Diante dos fatos, os militares conduziram para a delegacia de polícia de Patos de Minas Alair Teles Soares, 48 anos, pelo crime de receptação, Lindolfo do Reis Magalhães, 43 anos e Francisco Cassiano, 36 anos, acusados de furtos. Salvador Basílio de Brito, 39 anos, apesar de diligências não foi localizado. Os 3 últimos são suspeitos de fazerem parte de uma organização criminosa de furtos de bovinos no município de Lagoa Formosa. A PM pede que se algum fazendeiro reconhecer algum animal (fotos) com sendo de sua propriedade que procure a Polícia Civil, que também será a responsável para dar sequência nas investigações.

Matéria: Vanderlei Gontijo