Policia Civil prende homem de 38 anos com conteúdo pornográfico de adolescentes em Perdizes

A Polícia Civil do Estado de Minas Gerais (PCMG) investiga desde o mês de março um homem de 38 anos, preso nesta terça-feira (25) com conteúdo pornográfico infantil em Perdizes, no Alto Paranaíba. Segundo a PCMG, as 11 vítimas do sexo masculino tinham entre 16 e 17 anos à época dos fatos ocorridos entre 2019 e 2022. A PCMG convocou uma entrevista coletiva para falar sobre o andamento do inquérito policial que pode identificar outras vítimas dessa prática criminosa.

De acordo com as informações, a prisão foi realizada mediante ao cumprimento de mandado de busca e apreensão na casa do homem de 38 anos acusado pelo crime contra a honra. As investigações estão sob responsabilidade dos delegados Fernanda Pires Passarini e Vinícius Ramalho.

“Essa operação que foi deflagrada na data de hoje (25) e culminou na prisão desse suspeito teve início a partir de investigação para averiguar crimes contra a honra que esse indivíduo praticou por meio das suas redes sociais. Por ocasião dessa primeira investigação, foi expedido um mandado de busca e apreensão cumprido na residência do investigado e lá os policiais civis apreenderam dispositivos de armazenamento de dados, pen-drives, microchips e computadores”, detalha o delegado de Polícia Civil, Vinícius Ramalho.

Vinícius relata que todo esse material apreendido acabou sendo analisado pela Polícia Civil. “Descobrimos que esse indivíduo estava armazenando conteúdo, principalmente, mídias digitais, arquivos de vídeos e imagens contendo vídeos, imagens, cenas de adolescentes em situação de nudez, de conteúdo explícito, inclusive, com cenas de sexo. Além da nudez e da exposição de sua genitália, entre outras. O simples armazenamento desse material já configura uma atividade delitiva, nós prosseguimos na investigação com o fim de identificar aqueles indivíduos que apareciam nos arquivos e também identificar outras pessoas, provas e testemunhas, possivelmente descobrir novas vítimas”.

De acordo com a Polícia Civil, quatro dessas vítimas de prática criminosa foram ouvidas e narraram que eram aliciadas por meio das redes sociais do suspeito. “Aliciava mediante a oferta de dinheiro, alimento, conforto, festa, participação em churrasco e com a oferta dessas benécies esse indivíduo acabava por praticar atos sexuais e outros atos libidinosos com esses, então, adolescentes na época. Eles foram vítimas de crimes contra a dignidade sexual ou do crime de corrupção de menores por também estarem submetidos por esse indivíduo a prática de crimes ou com eles praticando crimes”.

Suspeito ficou em silêncio quando abordado pela Polícia Civil

O delegado contou que o investigado adotou silêncio quando foi acusado pela prática dessas ações e acabou sendo encaminhado para o presídio de Perdizes. “A nossa operação foi rápida e limpa porque nós abordamos quando estava ainda adormecido para evitar risco de fuga, risco de resistência e risco também dele destruir, ocultar ou omitir alguma prova de interesse da investigação. O nosso objetivo é, se por ventura, existirem outras vítimas algo que as investigações nos indica que sim, que elas sejam investigadas e procurem a Polícia Civil para narrarem as suas histórias e também concluir a investigação com um maior número de elementos possíveis, trazendo robustez e segurança para uma futura denúncia e, talvez, uma condenação”, destaca o delegado.

A PCMG informa que, além do crime contra a honra, outras denúncias estão sendo imputadas contra o suspeito como corrupção de menores, favorecimento da prostituição e armazenamento e contracenação com menores em cenas pornográficas. Ramalho ressalta que a PCMG teve contato com familiares da vítima. “Conversamos sim de forma formal através de depoimento e outras informalmente e todas ficaram surpresas porque o indivíduo se apresentava junto a sociedade, aos familiares e as vítimas como uma pessoa do bem, imbuído de ideologias, envolvido no ambiente político da cidade, organizava encontros com autoridades da Comarca de Perdizes, representantes do Ministério Público, representantes do Judiciário, parlamentares e outras personalidades. Ele fazia esses encontros com o tema ‘Proteção à Infância e Adolescência. Era uma pessoa que estava bem situada na sociedade perdizense. A investigação nos mostra que aproveitou desse seu status, dessa condição para possibilitar a prática de crime sem levantar nenhuma suspeita”.

Ramalho alerta para qualquer cidadão ter o cuidado de fornecimento de fotos pelas redes sociais. “A gente não aconselha que seja feito nem pela pessoa de maior idade, muito menos para pessoas de menor idade e que os familiares fiquem sempre atentos aos seus filhos e aos seus parentes e amigos. São crimes praticados às escuras, crimes sexuais praticados entre quatro paredes, cuja a prova é muito difícil de ser obtida. O conselho mesmo é evitar e correr do perigo”, finaliza o delegado de Polícia Civil.

Fonte: Portal Imbiara