Membros da Máfia Azul fazem emboscada contra Galoucura e atacam até crianças e mulheres em Minas Gerais

Uma passageira que estava no ônibus atacado por integrantes da torcida Máfia Azul, na noite desse domingo (28), na região do Barreiro de Belo Horizonte, revela momentos de terror e diz que até crianças e mulheres foram vítimas dos criminosos. O coletivo da linha 6350, que levava torcedores da Galoucura e outros passageiros, foi interceptado próximo à Via do Minério por um carro após o jogo entre Galo e Fluminense e atacado com paus, pedras, pedaços de tijolo, rojões e ficou destruído.

Seis pessoas ficaram feridas, incluindo um membro da Galoucura que está internado em estado grave no Pronto-Socorro João XXIII. Seis integrantes da organizada do Cruzeiro foram presos pela Polícia Militar (PM).

Crianças e trabalhadores que estavam no coletivo também foram atacados pelos cruzeirenses, como relatou uma passageira que voltava para a casa após trabalhar no Mineirão.

“Foi desespero. A gente estava no ônibus voltando pra casa e do nada começaram quebrar os ônibus e tacar foguete lá dentro. Começou pegar fogo e a gente ficou com medo de explodir. Tinha mulher com criança no ônibus e foi muito assustador. Todo mundo sangrando, todo mundo machucado”, disse a passageira, que não será identificada.

“Todo mundo deitou no chão, todo mundo ficou desesperado. Mesmo com as crianças não respeitaram, tacaram pedra, começaram a quebrar os vidros, machucou todo mundo”, disse a testemunha. ‘Futebol é pra ser uma coisa feliz’, lamentou.

A trabalhadora relata que ela e outros passageiros foram queimados pelas bombas jogadas no coletivo. “Tem muitas pessoas que estão com partes do corpo queimadas por causa do foguete explodido. Parece que teve alguns que machucaram feio, né? Teve um cara que levou uma paulada na cabeça. Fiquei cheia de sangue dos outros e meu. Enfim, foi uma loucura”,

Prisão

Subcomandante do 40º batalhão, o major Cleidson disse que algumas pessoas tiveram queimaduras de segundo grau. “Imediatamente iniciamos o rastreamento, perseguição e conseguimos abordar e prender esses seis agentes”, disse o militar. “Estavam no intento de realmente agredir as pessoas e danificar o patrimônio público. O coletivo ficou todo apedrejado e não terá condição de rodar”.

O major ainda destacou o perigo da bomba caseira encontrada com os cruzeirenses. “É perigosíssima. Eles furam a bola de sinuca para colocar pólvora, prego e pedaço de malha de ferro. Isso faz um estrago danado na integridade física”, destacou.

Fonte: Itatiaia