Homem que denunciou suposto plano de dentro do presídio para matar policiais, delegado e promotor em Uberlândia é assassinado

Responsável por denunciar ao Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) um suposto plano de dentro de uma unidade prisional de Uberlândia, de assassinato de promotores, delegados e policiais, Leonardo Diego Silva Dias foi morto a tiros em Betim. O crime ocorreu na chácara da família dele na noite de segunda-feira (28).

 

Segundo o MPMG, Leonardo prestou depoimento formal à polícia em maio e revelou a existência de uma carta dentro do presídio contendo ameaças aos agentes de segurança. A situação foi investigada na operação “Erínias”, que terminou com a denúncia de 20 pessoas à Justiça.

Entre os indiciados está o influenciador digital Lohan Ramires. Em junho, ele e outras nove pessoas foram presas de forma temporária, mas deixaram o sistema prisional em julho após o término do prazo legal e seguem em liberdade.

Após prestar o depoimento, Leonardo saiu do sistema prisional com tornozeleira eletrônica. Segundo a Polícia Militar (PM), os suspeitos de terem matado o homem ainda não foram localizados.

Operação ‘Erínias’

A operação foi realizada no dia 23 de junho por uma força-tarefa do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) e das polícias Civil, Militar e Penal. Ao todo, foram cumpridos 10 mandados de prisão – nove em Uberlândia e um em Goiânia (GO) – e 12 de busca e apreensão.

As investigações descobriram que os criminosos se organizaram dentro do presídio Jacy de Assis e montaram o plano para atacar as autoridades. Segundo o MPMG, delegado, promotor, investigador e outros agentes de segurança estavam na lista de possíveis vítimas do grupo.

Para isso, os suspeitos arrecadaram dinheiro por meio de uma espécie de consórcio, compraram armas e munições e até escolheram os veículos que usariam nos crimes.

Nos dias anteriores à operação, parte da quadrilha deixou o presídio. Por meio de uma carta, descoberta pelos investigadores após o depoimento de Leonardo, o líder da organização criminosa deu ordem para a execução dos alvos.

Na mesma carta, é revelado que a quadrilha tem patrimônio oculto em nome de laranjas. Além disso, o documento também traçava qual seria o plano de fuga após o atentado.

Fonte: G1